Há muitos e muitos anos atrás, neste mesmo dia, em um local obscuro, nascia Sérgio, que viria mais tarde a adotar o nome de Coveiro. Tal data não poderia passar em branco e não irá. *Tá, super mal feita minha montagem, mas, como não desenho, copio dos outros* Como me homenagearam no meu aniversário, nada mais justo que fazer o mesmo por alguém que gosto tanto e é, nada mais, nada menos, fundador da bagunça toda. Como não sei fazer tirinha, nem desenho, nem montagem, nem p*$$@ nenhuma, resolvi fazer o que, em geral, faço bem: dizer o que penso, o que acho, o que sinto. E, como o aniversariante é um contador de causo dos melhores (como a maioria dos pernambucanos que conheci), nada melhor que contar um também. Porém um que é bem verdade e que ele não deve nem saber a maioria do que vou dizer: de quando o conheci.  O Coveiro “de mentira” Quando tive meus primeiros contatos com essa figura (na verdade, seu fake), me sentia um tanto intimidada, nem sei bem o porquê. Talvez, pois a imagem do personagem remetesse a alguém mais velho e misterioso, ou porque ele é realmente mais velho (tá, nem tanto) e sabia bem mais coisa que eu (até como biólogo com mestrado e eu recém formada), etc.. Enfim, sei que nem me atrevia a trocar muitas conversas. Também, toda vez que ele aparecia na “nossa bagunça” na X-Men Brasil eu o via com um ar de “olha essa criançada falando bobagem”, provavelmente coisa da minha cabeça, já que, hoje, sei que ele não gosta de chat e fala mais besteira que muitos.  Pose de mistério... E, no meio da bagunça, foram surgindo amizades com todo um pessoal, João um dos primeiros, Ed logo depois, mas eu nem me atrevia a falar com “O” Coveiro, ainda mistificado na minha mente. Mesmo tendo o msn dele disponível em um tópico eu nunca adicionava, pensava: “vai me achar uma menininha intrometida e boboca”. Confesso que deixei o meu por pouco tempo exposto no mesmo tópico pra ver se ele adicionava, mas logo apaguei (não gostava do meu msn por aí). Até que um belo dia... A X-Men Brasil estava sob cuidados de Coveiro e Ed que precisavam dividir a moderação e Ed queria que eu participasse. Ele estava falando sobre isso com Coveiro e me mostrava os logs no msn, dos quais me lembro muito bem: Eddie: Queria falar com você sobre a rainha branca... Coveiro: Cammy? Eddie: =O bruxo.  Queríamos por todas as velas pra sua idade... ...Mas soubemos que era perigoso.  Ao final perguntei ao Ed: “Mas e o que ele disse?”. A resposta era algo como “Ela sempre foi a rainha branca pra mim” (o que me deixou muito lisonjeada), mas havia uma condição para assumir o cargo (ele não vai lembrar disso): que eu deixasse de ser “medrosa” e adicionasse ele no msn. Claro que adicionei e, com isso (e a moderação) fui conhecendo-o aos poucos. As conversas não passavam de “oitudobomtchau” por algum tempo. Até que, em outro belo dia, não havia ninguém online pra encher o saco e, na falta de João ou Eddie, resolvi pentelhar a pessoa em questão. Nesta conversa surgiu toda a história do “Coveiro do dia seguinte” e passei a conversar mais com ele, fui perdendo a timidez (hoje em dia acho que ele se arrepende disso... rs). Eis que Sérgio veio morar em São Paulo e marcamos todos um dia para conhecê-lo (e também conhecer JR). Lembro-me de estranhar bastante a figura (muito diferente de seu fake) e ainda me sentir muito intimidada pela falta de proximidade. Nem ficava muito perto pra não acabar sem assunto. Depois de todo meu esforço pra não ficar sem graça, eis que sobro com o pernambucano no metrô na volta e pensei “puta m#$&@, não vai ter assunto, vai ser aquele clima de estranhos, super chato”. Mas eu estava bem errada, me senti tão à vontade com essa criatura que mal acabara de conhecer e a conversa foi tão natural que me pareceu um amigo de anos. Ele tem este efeito, você pode nunca ter visto na vida, mas ele te faz sentir como se conversasse com alguém que te conhece de longa data, sempre com suas boas histórias, suas palhaçadas e seu jeito de se divertir.  “Raiunego” é pernambucano As conversas foram melhorando e, na segunda vez que o vi, JR e Eddie tiveram que ir embora bem cedo, mas não queríamos ir pra casa, então passamos a tarde inteira sentados conversando. E, de novo, nem parecia que era só a segunda vez que o via. E depois disso, o tempo passou, o blog emplacou, passeios vieram e a amizade aumentou. E aumentou. E eu aprendi que a primeira impressão não é a que fica, e que eu estava bem errada. Coveiro não é intimidador (embora ele diga que sim), não é bravo (a não ser que pisem no calo), nem velho (mas a gente tem que zoar alguém), nem nada que eu achava.  Loucos? Não, divertidos. É sim uma pessoa acima da média, inteligente, inovador, determinado, com uma imaginação maior que o possível e tudo mais, mas nem por isso menos acessível, menos brincalhão (nem um pouco menos), menos cativante, menos companheiro, carinhoso ou menos amigo pra todas as horas. Uma pessoa de carne e osso como eu (com mais carne que eu, claro) com seus bons e maus momentos e que com toda paixão que tem segue em frente conosco com o blog e, muito além, com a amizade. Assim, termina meu causo, que é só parte de como aprendi a conhecer uma pessoa que veio a se fixar entre as que mais gosto nesse mundo e em qualquer mundo paralelo, e que espero renda mais muitos outros causos, histórias, piadas, logs e tudo mais. E é por isso que, em nome de todos editores e, provavelmente, de nossos leitores estou aqui pra desejar tudo de bom no seu aniversário. Parabéns, “chefe”!! Você merece!! Mais 616 anos, afinal, pra quem já chegou até aqui, mais 616 não são nada...  Time 616: Parabéns, Coveiro!!!!! (João ainda me paga por estragar a nossa única foto com os 4 ¬¬) Cammy |
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